
Campo Grande
De catador de recicláveis a dono de floricultura próspera na Capital
Conheça a história de Ricardo Guimarães, empresário que realizou vários cursos junto ao Sebrae, que auxiliaram na gestão financeira e fluxo de caixa do negócio
| VICTOR CURRALES
Ricardo Guimarães, 51 anos, engenheiro agrônomo, pode ser descrito como um empreendedor nato. Ao longo da vida, enfrentou diferentes batalhas e com persistência, conseguiu vencê-las. Após trabalhar durante 20 anos com prestação de serviços em reciclagem e jardinagem em Campo Grande, onde também se valia de um “carrinho” de mão para coletar recicláveis, em 2019, ele tomou a decisão que transformou sua realidade: abriu uma floricultura e com o apoio do Sebrae, o empreendimento prosperou e mais passos serão dados.
Natural de Iporã (PR), ele veio com a família para a Capital de Mato Grosso do Sul aos dois anos de idade. A decisão de empreender com flores está ligada ao pai, de quem herdou a paixão pelas plantas, e por ter visto de perto plantações no interior do Estado. Por um período, Guimarães morou em Chapadão do Sul e Costa Rica, região agrícola, onde também concluiu os estudos no Ensino Médio. De volta a Campo Grande, ele cursou Agronomia. Até se formar, lidou com outras dificuldades, como a falta de recursos para transporte e alimentação, além de dependência química – situação que superou, anos depois.
Após este período, e simultaneamente atuando como prestador de serviços em reciclagem e jardinagem, ele conta que decidiu vender flores na pequena varanda de casa. Com R$600, que emprestou de um amigo, deu início ao empreendimento. Nessa época, ele tentava se manter financeiramente, e relata que dormia em um colchão de espuma no chão. Foi quando deu início à abertura da empresa, processo que foi feito na incubadora municipal do bairro Zé Pereira. “Morava numa casa que tinha uma varandinha, comprei vasos e algumas plantas fiado e comecei a trabalhar lá, com sacrifício porque não tinha dinheiro”, conta.
Intitulada Bela Emilly Floricultura, o negócio começou tímido, mas Guimarães já trilhava grandes planos. “Não queria trabalhar como empregado, eu queria mais. Da noite para o dia, decidi abrir uma loja, peguei dinheiro emprestado de um amigo. Mas, não tinha medo de investir, comprei logo um sistema de gerenciamento de custos e estoques”, complementa.
Desta pequena varanda, ele alugou outro ponto comercial, já em uma rua movimentada, o que foi decisivo. O faturamento aumentou e chegou em cerca de R$ 6 mil por mês. Enquanto isso, ele conseguiu “limpar o nome” e adquiriu um empréstimo, que ajudou na expansão do negócio: comprou um terreno, na Vila Palmira, e construiu a nova loja do zero. Assim, a floricultura foi se desenvolvendo. As despesas também acompanharam o crescimento do negócio: foi necessário alugar um espaço, apenas para estocagem de produtos.
Durante todo o processo, Guimarães realizou inúmeros cursos e consultorias junto ao Sebrae, em temas como Gestão Financeira, Precificação, Fluxo de Caixa, Marketing Digital, entre outros, além do atendimento com técnicos da instituição. Todo esse conhecimento foi fundamental para a tomada de boas decisões, que culminaram em uma administração proveitosa do negócio, trazendo lucro. De microempreendedor individual (MEI), já em 2021, ele ampliou o faturamento e saltou para o porte de microempresa (ME).
“Logo no ano de 2020, quando começou a pandemia, o Sebrae lançou milhares de cursos online para empreendedores e eu como estava começando meu comércio, entrei de cabeça. A minha história é pautada no Sebrae, eu saí de um quartinho onde eu dormia no chão para hoje estar em uma casa confortável, tenho um padrão de vida bom, e como empresário, estou no meu quarto ano e acredito que eu já não ‘quebro’ mais”, comemora.
Próximos passos
A busca por aprimoração não para. Recentemente, Guimarães se inscreveu no programa Brasil Mais, uma iniciativa do Ministério da Economia, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Senai e Sebrae, para aumentar a produtividade e a competitividade de micro e pequenas empresas. O programa oferta consultorias gratuitas para os empresários, com um acompanhamento de quatro meses abordando como melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios.
“Hoje, tenho uma loja bem estruturada com variedade de mercadorias. Mas, sinto que não está ainda vendendo o que era para vender. Quero aumentar minhas vendas e ver meu negócio dar resultado. O Sebrae existe para te orientar, para te dar uma visão holística da situação, para você enxergar se aquilo que você irá fazer realmente é rentável, se é viável ou não”, finaliza o empresário.
Fonte: SEBRAE/MS
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